O SINTUFEJUF marcou presença no Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora da FASUBRA Sindical, realizado nos dias 6 e 7 de junho de 2025, em Brasília/DF. Representaram a entidade a coordenadora de finanças Maria Aparecida Werneck, a coordenadora suplente Marlene de Souza Ribeiro e as técnico-istrativas em educação Jaqueline de Souza Coelho e Luana Lombardi. O evento teve como objetivo fortalecer a luta das mulheres trabalhadoras das instituições federais de ensino, promovendo reflexões e ações sobre temas fundamentais como economia do cuidado, violência de gênero, feminicídio, assédio e a Convenção 190 da OIT.
Durante os dois dias de atividades, as participantes assistiram a palestras de pesquisadoras, compartilharam experiências e apresentaram propostas de políticas para a FASUBRA, com a perspectiva de que estas sejam incorporadas e difundidas nos sindicatos de base. Os relatos das representantes do SINTUFEJUF demonstram a importância do encontro para ampliar o debate sobre os desafios enfrentados pelas mulheres trabalhadoras e a urgência de ações concretas contra todas as formas de opressão.
Para Maria Aparecida Werneck, o encontro foi extremamente proveitoso e trouxe à tona questões muitas vezes silenciadas nas instituições. “Foi muito rico. Discutimos assédio em diversas formas, principalmente contra mulheres da área da enfermagem e também assédio virtual, que muitas vezes é tratado como se a internet fosse terra sem lei. Uma companheira lembrou a violência que a ministra Marina Silva sofreu no Congresso. A gente precisa levar esse debate para as bases, para que as pessoas compreendam seus direitos e saibam reconhecer situações de assédio”, afirmou Aparecida. Ela também destacou que os relatos mostraram casos de assédio até mesmo dentro dos próprios sindicatos, o que reforça a necessidade de vigilância e enfrentamento constante.
Já Marlene Ribeiro ressaltou a relevância do debate sobre a sobrecarga enfrentada pelas mulheres. “Falamos sobre a jornada dupla, a falta de reconhecimento do trabalho doméstico, a importância da licença-maternidade e da licença para cuidado com familiares doentes. Foi falado também sobre o feminicídio e como, muitas vezes, a mulher é culpabilizada, enquanto o opressor é inocentado. Precisamos de políticas públicas para garantir a proteção e valorização das mulheres que mais trabalham e menos têm o a direitos”, destacou.
A técnica de laboratório Jaqueline de Souza Coelho também avaliou positivamente o encontro. “O encontro foi muito enriquecedor. Foram debatidas questões de opressão, assédio e a situação das trabalhadoras terceirizadas, que estão em posição de maior vulnerabilidade. É essencial olhar para o outro com empatia, seja colega TAE, terceirizada ou qualquer pessoa que esteja sofrendo opressões”, afirmou Jaqueline.
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